CARACTERIZAÇÃO
HISTÓRIA / DESCRIÇÃO DA FREGUESIA
Milenar povoado situado no sopé da serra de Aire, a 279 m de altitude, em pleno maciço calcário estremenho, engloba o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
É pertença do concelho de Porto de Mós, a 5Km, distrito de Leiria, a 16Km e vizinho da Batalha a 8Km.
A povoação, hoje freguesia, já foi conhecida por Alqueidão da Murada (serra da Murada), Alqueidão dos Alhos (pela abundância do cultivo destes), Alqueidão das Contas (pela fabricação dos rosários e terços em contas de osso e outras) e Alqueidão da Serra, pela sua implantação.
Perde-se nos milénios da História, a presença do homem nestas serranias. Com base em documentos e achados (machados de pedra, bronze e outros) pode afirmar-se a presença humana nestas paragens por cerca de 3000 Anos A.C. Romanos e Árabes por aqui marcaram a sua presença e permanência.
Os primeiros exploraram abundantemente o ferro (de óptima qualidade) que escoavam pela velhinha estrada Romana, cuja origem andará pelo século 1º A.C. e 2º D.C. Os Árabes lhe deixaram o nome: Alqueidão, que terá tudo a ver com os tufos calcareos sua exploração e emprego em construções e, quiçá mesmo a exploração dos variados e abundantes calcários.
Povo bairrista e trabalhador, sempre soube com saber e arte fazer brotar o seu sustento duma magra e parca agricultura, pastorícia e pecuária. A caça e a apicultura tiveram e têm ainda forte presença.
E, quando tudo faltava, a exploração da pedra, para alvenaria e para calçada sempre era um bom recurso para ajudar a magra economia duma agricultura de subsistência.
O D. Nuno Alvares Pereira, através da Estrada Romana, por aqui passou, quando de Ourém para São Jorge se dirigia a Batalha de Aljubarrota.
Diz a lenda que aqui recebeu um terço de Alqueidão das Contas, que manteve no bolso, durante o combate. (14 de Agosto de 1385)
À Casa de Bragança pertenceram estas terras. Mas também foram pertença dos frades de Santa Cruz de Coimbra. É dos freis de São Domingos da Batalha, por aqui pregaram e encomendaram seus rosários (de contas de osso) de Alqueidão das Contas.
Desmembrado do Reguengo Fétal pelo Bispo de Leiria D. Martim Afonso de Mexia, foi criada Paróquia/Freguesia em 1615. O mesmo lhe deu por Orago São José, já venerado na secular Capelinha que no mesmo local, à actual igreja matriz deu origem. E, que depois das obras e benefícios exigidos, obteve em 1620 licença para que nela se dissesse missa. (pelo Bispo Frei António de Santa Maria)
A Freguesia tem hoje os seguintes lugares: Zambuzal, Casais dos Vales, Vales, Covão de Oles, Covas Altas, Bouceiros, Valongo, Casal Duro, Demó, Lagoa Ruiva.
O Povoado, outrora quase auto suficiente em pastorícia e agro-pecuária tem hoje uma parca actividade agrícola, quase de lazer e manter a tradição de alguns produtos, como batata, vinho, milho e leguminosas. A apicultura tem ainda algum significado.
Os fortes impactos da emigração da baixa natalidade e dum avançado envelhecimento populacional, vieram descaracterizar a terra dos nossos avós.
À crise, nem resistiu a imensa exploração e corte dos calcários, para calçadas, praças e passeios.
Actividade com forte impacto económico nas últimas três décadas. O Alqueidão era é a capital da calçada à Portuguesa.
Terra a visitar pela excelente localização turística, entre Porto de Mós, Batalha, Fátima e Grutas.
Belas paisagens e locais de lazer para os amantes da natureza e passeios pedestres ou de bicicleta.
POPULAÇÃO
1755 residentes (sensos 2011)
LOCALIZAÇÃO
Alqueidão da Serra - 2480-013
Localização GPS: 39.616980, -8.782608
VER MAPA DE LOCALIZAÇÃO
HERÁLDICA
Escudo de azul, uma faixa axadrezada de prata e negro, de quatro tiras; em contra-chefe, monte de três cômoros de ouro, realçados de negro; brocante, vara de verde florida de prata, posta em pala. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: "ALQUEIDÃO DA SERRA".
LUGARES DA FREGUESIA
• Alqueidão da Serra
• Bouceiros
• Casais dos Vales
• Casal Duro
• Covão de Oles
• Covas Altas
• Demó
• Vales
• Valongo
• Zambujal